O futuro da fibra: Novas técnicas ligarão mais lares mais cedo
A banda larga é essencial para garantir as nossas necessidades de dados face ao futuro. Com apenas 3% dos lares no Reino Unido com acesso a serviços de banda larga de fibra total (FTTP), existe uma sensação de urgência para que a infraestrutura de fibra se desenvolva. No passado, o serviço de FTTP foi dificultado pelos custos associados à ampla prestação do mesmo. No entanto, em julho, o governo do Reino Unido anunciou um fundo de 400 milhões de libras esterlinas destinado a impulsionar a infraestrutura de fibra aos lares. Para além disso, a Openreach, o organismo responsável pela rede de fibra do Reino Unido, sugere agora que novas técnicas poderiam significar que 10 milhões de lares poderiam receber fibra de banda larga super rápida até 2025.
O FTTP é geralmente considerado como o melhor serviço de banda larga, e não depende de ligações de cobre mais lentas para ligar os armários exteriores às casas, como acontece com o método de cobre híbrido (FTTC) convencional. Também é mais estável, eficiente e fiável, com velocidades previsíveis e menos falhas para os clientes. Mas o que significa mudar para fibra total e por que é que isso é importante?
No passado, o nosso acesso à Internet dependia da rede telefónica de cobre, ligando todo o percurso desde a central de comutação até à sua casa. Enquanto o cobre é um excelente condutor da eletricidade, os cabos de fibra ótica são mais adequados para transmitir dados a altas velocidades. O método mais comum utilizado no Reino Unido hoje em dia e que atualmente fornece a maior parte da população é o FTTC (Fibre-To-The-Cabinet), o que significa que um cabo de fibra ótica liga a central de comutação ao armário na sua rua, e depois cabos telefônicos de cobre transportam os dados o resto do trajeto. O FTTP é considerado como sendo a solução definitiva, onde cabos de fibra transportam os dados desde a central, ao longo de todo o trajeto, até à sua casa. A exceção a estas configurações é a Virgin Media, que usa cabo coaxial mais favorável à transmissão de dados entre o armário e a casa a fim de conseguir velocidades mais rápidas do que o FTTC, mas não tão rápidas como o FTTP.
Mas a Openreach propôs uma nova técnica chamada G.fast, que será capaz de fornecer velocidades de Internet rápidas aproveitando a rede de condutores de cobre existente, o que significa que o trabalho pode ser feito mais rápido e a um custo menor. A Openreach sugere que esta nova técnica poderia reduzir a metade o custo de instalar fibra total. Nesta fase, G.fast só está disponível em 20 localidades, mas a desvantagem do serviço é que se pode degradar em condições de tempo húmido.
O governo lançou formalmente um fundo de 400 milhões de libras esterlinas para impulsionar o investimento em banda larga FTTP, mas a Openreach apelou a uma colaboração para avaliar se há procura suficiente para justificar o lançamento. Embora a maioria dos lares e das organizações não necessitem atualmente de velocidades potenciais de 1 Gbps que o FTTP pode oferecer, a ideia é uma de adequação futura. À medida que o nosso consumo de dados continua a crescer, a proteção da infraestrutura para uma rede do século XXI capaz de lidar com as nossas necessidades futuras parece cada vez mais necessária.